Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Uma reflexão natalícia

Gostei tanto. que acabou por cá vir ter:

REFLEXÃO NATALÍCIA
de Sérigio H. Coimbra, Jornalista


Apesar de tudo o que nos está a acontecer ser de nossa responsabilidade (sem dúvida alguma:
neste país o poder ainda vai sendo eleito, não imposto) há uma frase que a “crise” trouxe à ribalta que me deixa incomodado: “Não há alternativa”. Não há alternativa à União Europeia, ao Euro, à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu. 
Estar encurralado não é coisa que caia bem, suponho que a todos nós. Se bem percebo, o que essa larga maioria de políticos avisa é: ou “estamos” na Europa ou... 
Ou quê? Implodimos? Morremos todos à fome? O dilúvio varre Portugal continental e ilhas adjacente do Mundo? 
Tenho dúvidas, e não é por sermos uma nação de fervorosos católicos.
Há certamente alternativas, mas tem sido mais cómodo não pensar nelas e culpar “Bruxelas” e o Mundo emgeral pela situação triste em que nos obrigam a viver.
Ao contrário da Alemanha e França, temos vários milhares de quilómetros de costa e de milhas quadradas de mar, um património que todos percebemos agora não é de desprezar. 
Ao contrário da Polónia e da Suécia, temos terra onde se dá o azeite, o trigo, o tomate, a vinha, também imensas de frutas tropicais, e uma floresta rica em variedade, e ainda temos sol e água suficiente para boas colheitas. 
Ao contrário da Holanda e Dinamarca, entendemo-nos num idioma que é o oitavo mais falado no Mundo, e temos queridos amigos em países que se espalham do Pacífico ao Atlântico com recursos e parcerias comerciais. 
Ao contrário da Áustria e Finlândia, conseguimos ser quase auto-suficientes na energia através de barragens, torres eólicas, painéis solares (e, mandasse eu, energia nuclear).
Além disso gostamos de trabalhar e somos criativos, dez milhões de pessoas simpáticas que sabem conviver e se entendem com oMundo tenha ele a cor que tiver.
Deve haver alternativas à “Europa”. Sobretudo a esta “Europa” que nos tira licença para pescar na nossa própria costa, nos proíbe de cultivar beterraba para fazermos o nosso açúcarzinho, nos deixa demãos vazias mesmo quando somos arrastados para a falência social. 

Para reflexão do Natal, sugiro o tema “O que é que um país com 871 anos de História pode ensinar a uma instituição com apenas 18?” 

Boas Festas.

http://www.readmetro.com/show/en/Lisbon/20101220/1/2/#

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