Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...

Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Este homem é um Senhor!


Enquanto Anormais para a Meia-Noite ladram o seu ódio mal-disfarçado de COMUNISTAS CONVICTOS, mas Provincianos, e Analfabetos, contra tudo o que se mexe, este gajo ESCREVE, mas a sério:

Fernando Alvim, no Metro:


Não há dia que passe sem que alguém venha à televisão dizer que isto é uma vergonha.
E não é só na televisão: é na rádio, é nos jornais, é na rua, é a toda a hora, de cinco em cinco minutos. Neste momento, agorinha mesmo, é o hino do PingoDoce e a expressão “ Isto é uma vergonha!”. Portugal acha que tudo é uma vergonha, que toda a gente está a olhar para ele como se não tivesse mais nada para fazer, e assim, com esse olhar atadinho, roborizado e salazarento, cá vamos nós andando, sem dar muito nas vistas, muito discretos, pois então, para que isto não seja uma grande vergonha.
Portugal sofre disto, desta vergonha nacional que nos impede de ser tão empreendedores quanto os outros, de ser mais felizes e alegres, mais festivos, mais confiantes, com vontade de arriscar e fazer coisas novas, de passo mais firme e levantado, sem vergonha por tudo e por nada, mas apenas só quando esta tem de ser.
E Portugal não tem que ser assim. A começar pelas pessoas que dizem que tudo é uma vergonha e não fazem ideia do que estarão a dizer. Porque nem tudo é uma vergonha, não senhor, e mesmo que seja, há sempre a possibilidade de a corrigirmos e a emendarmos e tentar fazer melhor. E isso não é vergonha nenhuma.
Vergonha é acobardar-se e não fazer nada com esse medo de falhar e ser uma vergonha. Só a morte é definitiva e mesmo essa, há quem duvide.
Nenhuma pessoa acabará para sempre, nenhuma ideia, nenhuma acção, nenhuma carreira. Nos dias de hoje, e cada vez mais, nada é definitivo, nada é tão grave assim. E ainda bem, se os propósitos forem os melhores.
Mas pode correr mal? Pode sim. E muito. Mas não irá ser o fim do Mundo.
Nada será irremediável, nada estará totalmente perdido. Nada mais é para sempre (nem o amor, vejam só!). E Portugal precisa de perceber isto imediatamente, antes que esta nossa atitude se revele uma vergonha!

Sem comentários:

Enviar um comentário