Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...

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domingo, 16 de maio de 2010

O velho Bochechas!


O livro, que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial veio a públiconos últimos meses do segundo mandato presidencial de Soares e foi ignorado pelos poderes da República.


Em síntese, que diz Mateus ?


Que, após ganhar as primeiras presidenciais, 1986, Soares fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar os fundos financeiros remanescentes da campanha.


Que a esse grupo competia canalizar apoios monetários antes dirigidos ao PS, tanto mais que Soares detestava quem lhe sucedeu no partido, Vítor Constâncio (um anti-soarista), e procurava uma dócil alternativa a essa liderança.


Que um dos objectivos da recolha de dinheiros era para financiar a reeleição de Soares.


Que, não podendo presidir ao grupo por razões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse amiúde com eles para
orientar a estratégia das empresas, tanto em Belém como nas suas residências particulares.


Que, no exercício do seu "magistério de influência" (palavras suas noutro contexto), convocou alguns magnatas internacionais - Rupert Murdoch, Sílvio Berlusconi, Robert Maxwell e Stanley Ho - para o visitarem na Presidência da República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal.


Note-se que o "Presidente de todos os portugueses" não convidou os empresários a investir na economia nacional, mas apenas no seu grupo, apesar dos contribuintes suportarem despesas de estada.


Que moral tem um país para criticar Avelino Ferreira Torres, Isaltino Morais, Valentim Loureiro ou Fátima Felgueiras se acha normal uma candidatura presidencial manchada por estas revelações ?


E que foi feito dos negócios do Presidente Soares ?


> Pela relevância do tema, ficará para próximo desenvolvimento.

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