Outros tempos; As mesmas circunstâncias
*ADVOGADO
“Nós estamos num estado comparável somente à Grécia:Assim escrevia Eça de Queiroz numa das suas crónicas, corrosivas e contundentes, reunidas no livro Uma Campanha Alegre, publicado em 1872.
Mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma decadência de espírito.
Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país caótico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa da Europa – citam-se, a par, a Grécia e Portugal.
Nós, porém, não possuímos como a Grécia, além de uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal, e o museu humano da beleza da Arte. Apenas nos ufanamos do Sr. Lisboa, barítono, e do Sr. Vidal, lírico.”
Substitua-se o Sr. Lisboa, barítono, pelo Cristiano Ronaldo, futebolista, e o Sr. Vidal, lírico, pelo José Mourinho, treinador do mesmo ofício, e vemos os tempos de hoje com a acrescida inquietude. Mais de cem anos percorridos e continuamos a ser o que fomos. Fatalidade histórica ou sina do destino?
Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...
Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Vira o disco, e toca o mesmo...
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