Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...

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terça-feira, 8 de junho de 2010

O Polvo, Parte 4

Parte 4 do Polvo Soares
*O Polvo, Parte 4*

publicado a 24 de Setembro de 2005, na Grande Reportagem nº 246. por Joaquim Vieira.
Ao investigar o caso de corrupção na base do "fax de Macau", o Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém.

A investigação foi encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de inquirir o próprio Soares.

Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao financiamento dos partidos políticos, não só do PS mas também do PSD - há quase uma década repartindo os governos entre si.

A previsão era catastrófica: operação "mãos limpas" à italiana, colapso do regime, república dos Juízes.

Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a apurar se o governador de Macau,

Carlos Melancia, recebera um suborno de 250 mil euros.

Entretanto, já Robert Maxwel abandonara a parceria com o grupo empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio Presidente.

Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao grupo soarista, intenção que segundo relata Rui Mateus em Contos Proibidos, o magnata dos casinos de Macau

lhe comunica "após consulta ao Presidente da República, que ele sintomaticamente apelida de boss.


Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o próprio Soares, durante uma "presidência aberta" que este efectua na Guarda.
Acrescenta Mateus no livro que o grupo de Soares queria ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau, lançado ainda por Melancia, e onde estavam previstos lucros de milhões de contos".


Com estas operações, esclarece ainda Mateus, o Presidente fortalecia uma nova instituição:
A Fundação Mário Soares. Inverosímil ?

Nada foi desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.

Leiam e descarreguem TUDO, aqui:
Polvo soarista

Se não conseguem ler, carreguem em "full", aqui em cima:

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