Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...

Não caio na Demagogia barata de fingir que o Povo é Inimputável...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vira o disco, e toca o mesmo...

Outros tempos; As mesmas circunstâncias

*ADVOGADO
“Nós estamos num estado comparável somente à Grécia:
Mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma decadência de espírito.
Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país caótico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa da Europa – citam-se, a par, a Grécia e Portugal.
Nós, porém, não possuímos como a Grécia, além de uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal, e o museu humano da beleza da Arte. Apenas nos ufanamos do Sr. Lisboa, barítono, e do Sr. Vidal, lírico.”
Assim escrevia Eça de Queiroz numa das suas crónicas, corrosivas e contundentes, reunidas no livro Uma Campanha Alegre, publicado em 1872.
Substitua-se o Sr. Lisboa, barítono, pelo Cristiano Ronaldo, futebolista, e o Sr. Vidal, lírico, pelo José Mourinho, treinador do mesmo ofício, e vemos os tempos de hoje com a acrescida inquietude. Mais de cem anos percorridos e continuamos a ser o que fomos. Fatalidade histórica ou sina do destino?

Sem comentários:

Enviar um comentário